Os cobardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.
Meu caríssimo amigo eu me curvo reverentemente perante aquilo que tu foste nesta vida e continuaras a ser na vida eterna. Contemplo em ti o rosto de Cristo sofredor. Tuas lágrimas em fio deslizando. Olhos amigos os meus olhando sem jeito ou palavras prenunciadas como vento, cenário assim retratando horas que no tempo se passam choradas no soleno silêncio do teu ser passa a dor cruel e acutilante. Obrigado por tudo aquilo que para a nossa sociedade representas. Percorreste o caminho sereno do calvário da morte mas como Cristo hás-de participar da plenitude gloriosa de Deus Pai. Tu não morreste com esperança, ergo os teus olhos aos céus No infinito o auto se abrirá como uma flor, derramara força sobre ti que vem de Deus. Agora junto do Autor da vida pede pelo teus amigos para que um dia nos possamos encontrar com aquele que por nós nasceu, viveu, e morreu numa Cruz, mas nessa Cruz deu-nos a certeza da vida eterna. Caro amigo até sempre, nunca serás esquecido por aqueles que contigo ao longo desta vida deram a sua própria vida em prol dos outros.
Do teu amigo,
António Pires
Quando te deslocavas para fazeres o que de melhor sabias, que era salvar vidas, foste apanhado nessa armadilha a tragédia da morte provocada por um acidente. Tantos ajudas-te a socorrer, partis-te a fazer cumprir a tua missão de Soldado da Paz que tanto te orgulhavas de sêr. A vida é ingrata, não merecias ser roubado de entre nós de esta maneira.
Recordar-te-ei sempre como foste e como te conheci, sempre com boa disposição, bom companheiro, amigo do amigo.
É com muita angustia que recebi a noticia e te tento prestar uma homenagem.